2 de novembro espaço experimental c.e.m – centro em movimento

Captura de Tela 2019-02-12 às 11.22.02.pngBernardo Bethonico abrindo dança no studio.

A cor vermelha, escolher às cegas um livro vermelho, TAZ, abrir numa página aleatória e ler um trecho:

A Revolução fechou-se, mas a possibilidade do levante está aberta. Por ora, concentramos nossas forças em “irrupções” temporárias, evitando enredamentos com “soluções permanentes”

Dialogismo – nossos discursos feito de outros discursos. O ser humano e seu blablablá sempre vem de algum lugar, assim como a invenção das palavras e das comunicações. E quando a boca cala, quem fala? engolir e cuspir palavras, salivas e trechos de mundos ou da boca dos outros, ou do corpo dos outros. A eterna capacidade do ser humano de metamorfose, cópia e mimetismo. performance.

A luta e a poesia não precisam estar dissociadas, assim como o tempo e o espaço, luz e sombra e leitura e falação, logo, data pode ser uma virtualidade, assim como passado e presente podem a todo instante brincar de pega-pega. Quero dizer, quando algo nos chega no momento que chega isso e atual. Senão, por que ainda faríamos as tradiçoes? Por que

ainda guardariamos fotografias? Por que insistirmos em montar bibliotecas?Por que permaneceriamos dançando lado a lado por 30 anos?

Puxar um fio dessa trama história-memória e elevar um plano.

Ouvir vozes – podem os discursos psiquiátricos dizer que é necessário internação e antipsicóticos, podem os espiritualizados dizer que precisa-se trabalho com essas energias até afinar isso aí.

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Laura senta-se no espaço castanho

Me convidou a ouvir Esu, a boca que tudo come – que bom que abrimos por aí, pois dizem as sábias tradições que ele é o primeiro que se saúda e coloca-se comida. Exu representa nossa vontade de conhecer, de expandir nossa mente e nossos conhecimentos sobre tudo que nossos olhos alcançam. Essa vontade de devorar tudo que nos rodeia é o que move o mundo, é a sede de viver, e a fome de vida que cada um de nós carrega dentro de si. Mas quando se abusa dessa vontade o mundo é consumido e arrasado, não deixando espaço para a convivência com as outras pessoas.

O mundo é fruto da nossa imaginação Será que somos deuses ou sua criação

Ma convidou a ouvir Diane di Prima You are a political prisioner locked… I am a political prisioner locked… Free yourself Help me to free me

Free yourself Free us Dance

Me convidou a ver o ouvir.

Me convidou

OUVI OU VI

Por isso o papel ficou pequeno Escrevo em paredes Em corpos na plebe Na pele na linha tênue da epiderme Da alma calma das linhas curvas das coxas de Vênus

Como é possível ver o som? Nessa suposta dramaturgia do acaso para este dia, como as citação ou vozes que chegam em nos chegam? Citação em papel e citação em camada sonora?

Free yourself Free us Dance Como luta e poesia podem dançar juntas? É possível aceitar essas qualidades como compostas? O que podemos aprender com os beats a respeito da relação, palavra, ritmo e movimento e a luta?

solo de.. com atmosfera de.. música live de.. Por que chamar de um solo com 3 corpos?Por que o mapa precisa ser desenhado e organizado por nós que criamos? Ou? Quais as trilhas que cada corpo encontra no estar e no se convidar a estar? Como elas se chamam? Seria a dança uma solidão? Ou seria o solo uma voz?

dkfhsldhfzoifoidhv schsdfhdskjlsqdv,n lkdnlkdsnlksnfglk nckdjhfidfjgfg kfhzepouàzautà’çtroe O que mudou no corpo para passar o ar com essa espessura e textura?

Captura de Tela 2019-02-12 às 11.22.25.pngMargarida e Sofia brincando com seus duplos no espaço.

Espectadores ainda querem receber mastigado, ver a sombra como oposto da luz, sentir o sutil mais próximo e o contorno em negrito do corpo como elevação mostrada, destacada. Perguntar e aceitar. Separar desejo e vontade. Ver e dançar. sentir e conhecer. Ouvir ou ver. segurar o riso ou se permitir rir.

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Sofia em dobradura vertical.

PERGUNTAS A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO AJARDINAMENTO DE ONTEM EM MINHA PERSPECTIVA

Gostaria de trazer aqui algumas perguntas que talvez já estejam colocadas e que também já aparecem de certa forma no fazer, porém, quero refazê-las para pensarmos também como elas podem atravessar a comunidade c.e.m e se estender para qualquer pessoa que esteja vindo até o espaço experimental.

OBS.1: A enunciação da chegada, do fim, do entre danças ainda cria elevações. Por que ainda precisamos dessa enunciação centrada em uma pessoa ou nessa pessoa que produz síntese?

OBS.2: como podemos agregar neste espaço o cuidado com a criação deste espaço também em relação concreta do se comprometer em arrumar depois de brincar? Como encontrar no serviço a responsabilidade política e social do convívio?

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feedback é bom, bom, bom!

Dally.

 

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